terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Versos em Contexto

Quantas frases ainda escreverei,
Até o dia amanhecer?
Já são tantas luas que perdi a conta
São tantos sonhos que nem consigo mais dormir.

Palavras que fogem soltas pelo ar
Misturam os versos que de ti pronunciei...
Laboriosa névoa de ditos
Que nos sublimam...

Difícil escrever com você me olhando por entre as paredes
Mais difícil é pensar que você está em tudo que eu vejo.
A noite ainda está tão bela para alucinar
Mas o que é a loucura de te amar?

Se o papel terminar antes do final,
Escreverei no teto para sempre reviver.
Dos versos que fiz amando...
Das inspirações que me deixaram mergulhando.

Quantas vezes até cansar
Minha caneta no papel a recitar...
As palavras se formam com um coral
Em perfeita harmonia faz da confusão primordial.

Dos labirintos de palavras cruzadas...
Os jeitos de se postarem em frases tão usadas...
Faz-se inédita sua sinfonia...
Desliza sobre a folha milhares melodias.

Qual a explicação de tanta inspiração,
Se o seu sorriso a tempo não paira no meu olhar?
Será a lembrança que se faz a gente amar?
Ou a sua ternura que ainda habita o meu coração?

Afetos que se misturam a tinta da caneta,
Que pintam com leveza a imensidão do papel.
Faz brotar pequenas frases de solidão...
Em belos contos de plena paixão.

Brilhos de olhar marejados,
Faz mover-me por entre as lacunas do vazio.
Que brilho é esse que me traz tanta luz...
Parece o sol que adentra minha janela...

Mas a caneta ainda desliza...
Mesmo com tanta discrepância...
Frente a sentimentos que se confundem,
Por entre vidas que se nutrem...

Antigas histórias que se repetem em outros contextos,
Como relevo elas vêm e se revelam;
Nas alegres rimas que se completam,

Em amores que se transformam nos mais belos textos...

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