terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Águas do Amor

As águas que batem nas pedras do mar nunca são as mesmas
A vida que passa nesse instante nunca é a mesma
O vento que balança este galho nunca mais será o mesmo
O sol que brilha nosso dia hoje nunca mais será o mesmo.

Por que vivemos nesse fluxo de vida?
Por que dizemos palavras insensatas?
Por que tudo é tão efêmero?
Por que somos assim inconstante?

Enquanto a semente brota na terra
A existência finta a vida
O caos reina soberano
E o dia se cala em meio ao engano.

Das vidas que se encontram
Incomodo é não ver o que se revela
Pura ignorância dos loucos motivos
Que duram o instante do teu sorriso

Eis que o tempo não parou...

Mas ainda estou naquele mesmo momento
Sem nunca parar de mudar
Sou o eterno momento do tempo presente
Que revive o bojo daquele dia de desejo.

Memórias que se lançam por entre as fissuras do passado
Para recordar aquilo que se fez em paz
Que se fez leve como pluma de pássaro
Voando sem destino por todo o ar.

Eis que as ondas não pararam de quebrar...

Mas ainda vivenciamos a intensidade daquele mar
E da voluptuosidade daqueles beijos
Nas inconstâncias de encontros factuais
Em lugares que se fazem oceanos de amor.

Intensificam os sentimentos de sempre ti ter
Se repetem nas transformações do meu ser
Na intransigência de sempre relembrar
A vivacidade do fluxo de vivenciar.


Eis que aquela tarde... não para de nos apaixonar...

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