A ínfima condição da existência humana se revela a cada
instante que a sua vida é interrompida através de mortes espúrias. Atravessada
por ideologias nefastas, a existência se perde nos labirintos de falsos
argumentos que buscam reger suas ações no mundo. Quanto mais se imagina o
desenvolvimento da humanidade com seus saberes e técnicas meticulosas, mais o
ser humano se desvia das suas virtualidades que dão sentido a sua existência.
Vivendo esquadrinhado em fábricas e convertido nas telas dos
aparelhos digitais o ser humano produz materiais e instrumentos supérfluos para
sua vida. Inculcado por religiões gregárias e contraditórias que pregam uma
crença de um deus que nunca se manifesta. Atrelados a conhecimentos ditos
científicos que mascaram grande parte de seus resultados em prol de ideologias
tendenciosas que servem para manter relações de poder, a partir de um “saber
superior” exposto como verdade absoluta; o ser humano segue cordial frente as suas
orientações poderosas. E perdido em um tempo que não o coloca na vivência de
sua existência, o indivíduo se corrompe pela hipocrisia de viver o belo
mergulhado no nada.
O sentido da vida não passa de um passar de tempo
ininterrupto que serve apenas como fruto para outras gerações. Sem sentir os
sabores da vida o ser humano vive o imediato instante do não estar presente
como ser reflexivo de suas disposições agradáveis. Tudo aquilo que possa ser
vivenciado em sua plenitude se converte em futilidades e banalidades que emana
das profundezas da distorção social. Massificado nas produções dos bens de
consumo que aviltam todas as possibilidades de realização satisfatória de uma
existência autêntica, o ser humano deixa de vivenciar tudo que é raro para
viver a inautenticidade de uma vida degradante.
André Preuss.
Boa exposição! Isso tudo é uma grande verdade. Infelizmente... :/
ResponderExcluirVivo me perguntando, fazendo uma analogia com o filme, quando será que o homem se permitirá sair da Matrix?